E tenho dito...

Pois eu bem sei os planos que estou projetando para vós, diz o Senhor; planos de paz, e não de mal, para vos dar um futuro...
- Jeremias 29.11

sábado, julho 9

Uma Paixão Chamada Homens do Texas

No primeiro post do Virei Leitor alertei sobre a possibilidade de falar mais e mais de Diana Palmer - lacradora - e seus romances adoráveis. Então, eis me aqui.

Meu primeiro contato com Diana Palmer foi através do livro O Senhor da Paixão - Man In Control no original. O titulo é meio bosta um tanto bobo, mas, como sempre irei afirmar, a história é linda. Este é mais um dos inúmeros livros que iniciei com certo ceticismo. Uma forte característica minha - e uma grande idiotice também - é decidir que não gosto de uma coisa logo de cara e mudar de ideia algum tempo depois por conhecer melhor e saber do que se trata. Foi assim com Arctic Monkeys e foi assim com O Senhor da Paixão.

Em minha defesa alego que as traduções dos títulos - nem sempre literais - não ajudam em nada. O que esperar de uma história chamada O Senhor da Paixão no fim das contas, hein?
Capa brasileira


Adquiri este livro em 2009 para fazer parte da minha coleção Grandes Autores da Harlequin Books. Sendo que este também é o livro número 26 da série Homens do Texas - suspiros.  A melhor coisa que há sobre Diana Palmer é o fato de que todos as suas histórias - pelo menos da série em questão - são interligadas por seus personagens. Por exemplo, em O Senhor da Paixão a coisa toda acontece em Houston e Jacobsville, Texas - cenário de várias das histórias da série - e conta a história de amor entre Jodie Clayburn e Alexander Cobb. Ele é agente do Departamento Antidrogas de Houston, além de herdeiro de uma fazenda milionária em Jacobsville, a qual divide com a irmã Margie Cobb. Ela é uma assistente de RH em uma empresa em Houston. Também nascida em Jacobsville, Jodie é orfã de pai e mãe - que secretamente escreve poesias - e melhor amiga de Margie, irmã de Cobb. 

São poucos os romances que surpreendem a forma como são escritos - lamento dizer - mas a fórmula repetida à séculos parece funcionar sempre. Sendo assim Jodie é apaixonada por Cobb desde a adolescência, e este está pouco se lixando para o fato. Ela se declara e ele a rejeita. Ela sofre e tenta se reerguer enquanto ele segue a vida - sendo moreno, alto, bonito e sensual como sempre. Este é o padrão. Mas então vem a parte na qual a rainha dos romances, Sra, Palmer, domina que nada mais é do que transformar um romance que deveria ser apenas água com açúcar em um história de ação emocionante - e não é exagero de fã, não. Eu juro!

Cobb está trabalhando em caso de tráfico de drogas envolvendo um cartel que há muito tira a paz dos moradores não só de Houston como de Jacobsville também. Seu maior suspeito está envolvido com a empresa petrolífera para a qual Jodie trabalha, o que o obriga a se aproximar dela - muito conveniente - para que possa investigar mais à fundo. Rola espionagem à la James Bond e tiroteio e se torna o divisor de águas na história do casal que se aproxima mais e mais ao longo da história. Fazem parte deste livro o agente Colby Lane, de descendência apache, que protagoniza o livro número 33 chamado Forasteiro onde sua história é contada. Cash Grier, - meu Homem do Texas favorito - chefe de polícia de Jacobsville que tem sua vida contada em Renegado, livro número 29 e também é um dos protagonistas em Fora da Lei que é o número 28.

Enfim, acho que pude passar uma base de como as histórias são interligadas. E que isso tenha explicado meu fascínio por Diana Palmer e suas histórias cheias de raízes. Ao todo a série Homens do Texas contém 52 livros, sendo o último lançado no mês passado. Há uma ordem de leitura, mas como não sou obrigada à nada, nunca a segui, gosto de ir descobrindo os personagens pouco a  pouco e de maneira descontraída. Pretendo postar mais sobre a autora e seu amor pelos que fazem cumprir a lei em breve, então espero que ao menos sinta-se tentado ao se aventurar pelos ranchos de Jacobsville, Texas.

Até breve!

domingo, julho 3

Uma Aventura Em Terras Medievais

Após uma semana fritando neurónios e tentando roer as unhas - impedida pelo aparelho ortodôntico - enquanto me decidia sobre qual assunto literário abordar por aqui, fazendo pesquisas e anotações decidi que meu forte não é planejamento. Espontaneidade com uma mescla de “última hora” fazem mais meu estilo. Por isso falarei de Will, protagonista de uma das minhas sagas favoritas e que injustamente não é muito citada por ai.


A saga se chama Rangers – Ordem dos Arqueiros, do escritor australiano John Flanagan. Em uma atmosfera medieval o livro 1 subtitulado Ruínas de Gorlan narra a história de quatro órfãos acolhidos no castelo do reino de Araluen, dentre eles Will. Este era um menino franzino que desejava mais do que tudo ser aceito na escola de guerra e tornar-se um herói, protegendo o reino como havia feito seu falecido pai. No entanto, no dia da escolha dos aprendizes Will é rejeitado – o que é de partir o coração – ficando arrasado consigo mesmo e com o rumo que sua vida tomaria agora que seu sonho havia desmoronado.
Tudo muda quando Will descobre que o Barão do castelo recebeu uma misteriosa carta à seu respeito e sem poder conter sua curiosidade - e seus instintos - ele decidi descobrir o que há nela. Demonstrando ser muito hábil no ato de “esgueirar-se” pelos cantos, Will sai de seu alojamento, atravessando espaços abertos e escalando até a torre do escritório do Barão, tudo sem ser visto. Mas como diz o ditado: se está fácil está errado. Antes que possa ler a carta Will é apanhado por Halt, arqueiro de Redmont – cuja as habilidades extraordinárias deixam a todos inquietos. O grande arqueiro que prestava serviços ao reino há muito já vinha prestando atenção no jovem Will. E é isso que causa uma grande reviravolta em sua vida. A pedido de Halt, Will se torna seu aprendiz, sendo levado para sua pequena casa fora dos limites do castelo onde recebe um arco, uma flecha, um pequeno arsenal de facas e uma capa manchada – armas secretas usadas por arqueiros. Além de um burro de dar nos nervos.
Já acostumado aos modos silenciosos de Halt, além de sua postura rígida, os dois – e Gilan, antigo aprendiz do arqueiro – partem em uma perigosa missão que nada mais é do que capturar e matar Kalkaras, criaturas meio urso/meio macaco com enormes dentes afiados que possuem a habilidade de paralisar de medo quem quer que olhe em seus olhos, para assim devorá-los. Com essa aventura Will aprenderá que suas modestas armas de arqueiros são mais importantes do que pensava enquanto outras tramas perigosas se desenrolam ao redor do reino – assuntos abordados nos próximos livros.
Ser um arqueiro nunca havia sido seu sonho ou sequer havia passado pela cabeça de Will, mas saber que era apto para a função fez crescer a auto estima do menino, mostrando à ele que todos tem um lugarzinho ao sol, mesmo sendo diferentes uns dos outros. E essa mensagem – para mim – é simplesmente incrível.
Flanagan, o autor, disse certa vez que inicialmente escreveu os livros para seu filho, que como Will era pequeno, diferente de todos os seus amiguinhos encorajando-o a ler e também mostrando que não existem estereótipos, – lindo! – que todos nós podemos ser heróis. A saga é um pouco longa, mas não deixa de ser uma leitura gostosa e envolvente, cheia de emoções e reações. Das lágrimas ao riso, da frustração ao “até que enfim!”. Vale muito à pena passar um tempo com Will. E se eu fosse tu o faria logo, por que há previsão de filme da saga para o próximo ano!

Até logo!